Abri o LinkedIn ontem pela manhã e vi pelo menos três posts de pessoas reclamando que perderam clientes.

O motivo? Foram acusados de usar IA.

O que alegaram: eles NÃO usaram IA. Escreveram tudo na mão, suando sobre o teclado como nossos ancestrais faziam com a máquina de escrever.

Um deles até ofereceu gravar a tela enquanto escrevia. Tipo um OnlyFans da escrita manual.

O que isto quer dizer?

Sabe o que isso me lembra? Aquela tia-avó que se recusa a usar máquina de lavar porque "na minha época, a gente lavava roupa no tanque e ficava melhor".

Mentira. Ficava ruim e doía as costas.

Mas a tia insiste porque, no fundo, ela aprendeu que sofrimento = valor.

É a mesma lógica torta que faz o brasileiro médio achar que:

:: Trabalhar 14 horas por dia é motivo de orgulho
:: Usar ferramentas que facilitam a vida é "trapaça"
:: Se não tá sofrendo, não tá trabalhando de verdade

A Matrix do esforço inútil

Li em uma das newsletters que assino: nossa obsessão com "zero IA" não é sobre qualidade. É sobre nossa necessidade doentia de ver o trabalho como sofrimento.

É tipo alguém que vai de bicicleta pro trabalho quando tem carro na garagem, só pra postar no LinkedIn que "acordou 5h30 pra pedalar 20km #hustleculture #grindneverstops".

Filho, você não é empreendedor. Você é masoquista.

O paradoxo brasileiro

Aqui no Brasil a coisa é ainda pior.

Somos o país que inventou o "jeitinho brasileiro" – a arte de resolver problemas com o mínimo esforço possível. Mas quando o assunto é trabalho digital, viramos puritanos do século XVII.

"Ai, mas Helio, e a autenticidade?" Num país que venera influencers que apoiam jogos on-line, chega a ser cômico!

Autenticidade é você entregar valor pro seu cliente, não provar que sofreu no processo.

Se eu consigo escrever um email perfeito em 30 minutos usando IA como assistente, enquanto você leva 3 horas "na mão", quem tá entregando mais valor pro cliente?

A pergunta que realmente importa sobre IA

Muita gente ainda erra porque faz a pergunta errada:
👉 Não é “o que a IA faz?”
👉 É “como a IA pode ajudar no meu negócio, na minha carreira e na minha vida?”

Quem entende isso muda de nível. Quem não entende, continua preso na Matrix do sofrimento.

A verdade que ninguém quer ouvir

Sabe qual é a verdade? A maioria das pessoas que se recusam a usar IA não estão defendendo a "arte pura".

Estão com medo.

Medo de parecer preguiçosos. Medo de perder o único diferencial que conhecem: o tempo gasto. Medo de admitir que boa parte do que fazem pode ser automatizada.

Mas aqui vai um segredo: o que pode ser automatizado, DEVE ser automatizado.

Seu valor não está em digitar rápido. Está em:

:: Ter ideias que a IA sozinha não teria
:: Conhecer seu público melhor que qualquer algoritmo
:: Aplicar contexto e nuance que só um humano consegue
:: Tomar decisões criativas baseadas em feeling, não em dados

O novo jogo

Enquanto muitos brigam pra provar que não usam IA, a maioria usa TODAS as ferramentas disponíveis pra entregar 10x mais valor em 10x menos tempo.

É como quem insiste em fazer conta de cabeça enquanto o concorrente usa calculadora e já está fechando o terceiro negócio do dia.

Quem você acha que vai sobreviver em 2026?

A libertação pelo caminho mais fácil

A IA pode nos libertar da "tirania do esforço desnecessário".

Imagina um mundo onde você é valorizado pelo impacto que gera, não pelas horas que passa fingindo que trabalha.

Onde "fácil" não é sinônimo de "inferior".

Onde usar as melhores ferramentas disponíveis é visto como inteligência, não preguiça.

Pois é. Esse mundo já existe.

Só que a maioria ainda está presa na Matrix do sofrimento profissional, achando que sangue, suor e lágrimas são KPIs de sucesso.

A pergunta final

Da próxima vez que alguém questionar seu processo, pergunte só uma coisa:

👉 “O resultado foi bom?”

Se a resposta for sim, não importa se você usou IA, ChatGPT, pombo-correio ou telepatia.

O cliente não paga pelo seu suor. Paga pela solução.

E se você ainda acha que trabalho tem que doer pra valer, talvez seja hora de questionar de onde veio essa crença.

Spoiler: não foi de nenhum empreendedor de sucesso. Foi de quem confunde dor com valor.

Quero 10 pessoas que queiram aprender IA da forma certa ou seja, como ela pode lhe ajudar na sua carreira, na sua vida e no seu negócio.

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