Durante muito tempo, o jogo era acumular respostas.
Mais curso. Mais certificado. Mais relatório.
Hoje, qualquer um pode ter tudo isso em segundos.
A IA entrega em 10 segundos o que a gente levou anos pra aprender.
Texto bonito, bem escrito... só que sem contexto.
E é aí que entra algo que não dá pra copiar: bagagem.
Porque a IA pode até sugerir uma super estratégia,
mas ela não sabe que essa mesma ideia
já passou pelas mãos de quem abriu a primeira empresa em 1994
com um “paitrocínio”, vendeu dois anos depois,
foi dar aula de inglês pra pagar as contas
até conseguir várias oportunidades como executivo…
O mesmo garoto que, lá na faculdade, sonhava em entrar num prédio enorme,
subir pra uma reunião de diretoria de terno e gravata —
e que não acreditou quando isso finalmente aconteceu.
IA nenhuma consegue descrever essa sensação.
Só eu sei. E isso conta pra minha geração.
Experiência é isso:
o filtro invisível que separa quem cria vantagem real
de quem só reproduz o que tá na média.
Cada erro que você já viveu,
cada projeto que deu ruim,
cada decisão que só pareceu boa no PowerPoint...
virou cicatriz. E cicatriz, meu amigo, é dado que pensa.
Esse repertório não tem atalho.
Não dá pra baixar.
Não vem no prompt.
É o que te faz olhar pra uma resposta da IA e dizer:
“Tá bonita... mas isso aqui já deu errado antes.”
No fim das contas, o valor não tá só na resposta certa.
Tá na maturidade de saber o que ignorar.
A IA pode acelerar tudo.
Mas quem viveu mais de uma volta no mercado
sabe que algumas respostas brilhantes…
são só erros bem apresentados.
E talvez o maior diferencial agora
não seja correr pra usar IA mais rápido que todo mundo.
Mas ter a coragem — e a clareza —
de saber onde ela ainda não serve.
Ad Astra
Helio
